A atuação do Partido dos Trabalhadores (PT) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) virou alvo de críticas após um episódio constrangedor. Parlamentares da legenda incluíram o nome de uma pessoa já falecida na lista de convocados para depor no colegiado.
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) e o deputado Alencar Santana (PT-SP) solicitaram a convocação de Maria Inês Batista de Almeida, ex-presidente da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec). Ocorre que Maria Inês morreu em novembro de 2024, quase um ano antes da solicitação.
O caso rapidamente gerou repercussão no Congresso e entre críticos do governo, que apontam descuido e falta de seriedade por parte dos petistas. A convocação de uma pessoa morta reforça a percepção de desorganização e amadorismo na condução da CPI, que deveria investigar fraudes bilionárias no INSS.
O PT quer transformar a comissão em “palanque político”, sem o devido rigor técnico e investigativo. Se nem checam se a pessoa está viva, como a população pode acreditar que vão chegar à verdade sobre os desvios do INSS?
Até o momento, os parlamentares responsáveis pela convocação não se manifestaram publicamente sobre o erro. O episódio deve aumentar a pressão sobre a bancada governista e fragilizar a imagem da CPI, que já enfrenta acusações de lentidão e manobras para blindar aliados do Planalto.
O erro é simbólico: além de revelar a falta de checagem de informações básicas, expõe a crise de credibilidade que assombra a comissão desde a sua instalação.
Por Marcos Soares
Jornalista – Analista Político instagram.com/@marcossoaresrj | instagram.com/@falageralnoticias
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